A abordagem da ditadura pós 1964 no Ensino de História (1985-2015): é possível pensar em uma pedagogia da memória no Brasil?

Autores/as

  • Ana Lima Kallás Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Palabras clave:

ensino de história, ditadura civil-militar pós-1964, memória, transição democrática

Resumen

O artigo apresenta uma reflexão sobre as possibilidades de uma “pedagogia da memória” no Brasil a partir da análise de experiências de ensino do passado ditatorial pós-1964 na educação básica relatadas por professores em eventos científicos. Investigamos os anais de três eventos da área de História e de Ensino de História realizados no período de 1985 a 2015, nos quais identificamos 45 comunicações sobre ensino do passado ditatorial de um total de 1.200 trabalhos analisados. O debate aqui proposto leva em conta a relação entre o ensino da história da ditadura e o processo de transição brasileira para a democracia entre 1974 e 1988.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ana Lima Kallás, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF, Brasil). - Historiadora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Citas

Adorno, T. (1986). Educação após Auschwitz. En: G. Cohn (org.), Theodor Adorno. Sociologia (p.33-45). São Paulo: Ática.

Amézola, G. & Cerri, L. F. (2008). La historia del tempo presente en las escuelas de Argentina y Brasil. Revista HISTEDBR On-line, (32), 4-16.

Arquidiocese de São Paulo (1988). Brasil: nunca mais. 21 ed. Petrópolis, RJ: Vozes.

Ayllón Yares, Gladys (2012). La pedagogía memoria como elemento fundamental para la formación en Derechos Humanos (tesis de maestría inédita). Pontificia Universidad Católica del Perú, Lima, Perú.

Bittencourt, C. (1998). Capitalismo e cidadania nas atuais propostas curriculares de História. Em O saber histórico na sala de aula (pp. 11-27). São Paulo: Contexto.

Burke, Peter (2011). “História como memória social”. En: Variedades de História Cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, pp.67-89.

Connerton, P. (1989). How societies remember. Cambridge: Cambridge University Press.

Cotrim, G. (2010). História Global: Brasil e Geral (vol. 3). São Paulo: Saraiva.

Cunha, L. A. (2014). O legado da ditadura para a educação brasileira. Educação e Sociedade, 35(127), 357-77.

Dreifuss, R. (1989). O jogo da direita na Nova República (3ª ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Dreifuss, R. (2006). 1964: a conquista do Estado. Ação política, poder e golpe de classe (2ª ed.). Petrópolis (RJ): Vozes.

Fernandes, F. (2005). A revolução burguesa no Brasil. Ensaio de interpretação sociológica. (5ª ed.). Rio de Janeiro: Globo.

Gaspari, E. (2002). A ditadura envergonhada. São Paulo: Cia das Letras.

Gaspari, El. (2002). A ditadura escancarada. São Paulo: Cia das Letras.

Gorender, J. (1988). Coerção e consenso na política. Estudos Avançados, 2(3).

Gramsci, A. (2014). Cadernos do Cárcere (vol. 3). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Hobsbawm, E. (2013). Sobre história (trad. Cid Knipel Moreira). São Paulo: Companhia das Letras.

Jelín, E. & Lorenz, F. G. (Org.) (2004). Educación y Memoria. La escuela elabora el pasado. Madrid: Siglo XXI.

Kallás, A. L. (2020). O debate público de professores historiadores acerca da ditadura pós-1964 no Brasil: ensino de história, memória e usos públicos da história recente (1985–2015) (tese doutorado inédita). Universidade Federal Fluminense, Niterói-Rio de Janeiro, Brasil.

Mate, M. R. (2011). La posmemoria. En R. Cuesta Fernández (coord.), El lugar de la memoria en la educación (pp.119-131). Espanha: Com-ciencia social.

Mattos, M. B. (2017). Estado e formas de dominação no Brasil contemporâneo. En Estado e formas de dominação no Brasil contemporâneo (pp. 11-31). Rio de Janeiro: Consequência (Coleção Observatório da Classe Trabalhadora).

Padrós, E. S. (2001). Usos da memória e do esquecimento na história. Letras UFSM, (22), 79-95.

Padrós, E. S. (2004). Memória e esquecimento das ditaduras de segurança nacional: os desaparecidos políticos. História em Revista (vol. 10).

Pollak, M. (1989). Memória, esquecimento e silêncio. Estudos históricos, 2(3), 3-15.

Portelli, A. (1996). O massacre de Civitella Val di Chiana. Em M. de M. Ferreira y J. Amado (comp.), Usos e abusos da História Oral (pp.103-130). Rio de Janeiro: Ed. da FGV.

Reis, D. A. (2000). Ditadura militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Saflatle, V. (2010). Do uso da violência contra o Estado ilegal. Em V. Saflatle y E. Teles (orgs.), O que resta da ditadura (pp.237-252). São Paulo: Boitempo-Coleção Estado de Sítio.

Seminário 40 anos do Golpe de 1964 (2004). 1964-2004: 40 anos do golpe: ditadura militar e resistência no Brasil – Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004.

Todorov, T. (2000). Los abusos de la Memoria. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, AS.

Toledo, C. N. (2006). 1964: Golpismo e democracia. As falácias do revisionismo. Crítica Marxista, (27), 27-49.

Vasconcelos, C. B. de (2019). O discurso da democracia: imprensa e hegemonia da ditadura empresarial-militar brasileira (1964-1968). Tempo & Argumento, 11(28), 365-401.

Yerushalmi, Y. H. (2017). Reflexões sobre o esquecimento. Em Y.H. Yerushalmi, N. Loraux, H. Mommsen, J-C. Milner y G. Vattimo, Usos do esquecimento (pp. 9-28). Campinas, SP: Editora Unicamp.

Artigos em anais

Assis, C. (2004). Memórias da ditadura – uma proposta para a sala de aula. 5 Encontro Perspectivas do Ensino de História, Rio de Janeiro, Brasil.

Ciampi, H. (2015). As memórias sobre o regime civil-militar brasileiro (1964-1985) em sala de aula: um estudo como alunos do ensino médio. 9 Encontro Perspectivas do Ensino de História, Belo Horizonte, Brasil.

Cunha, M. de F.a da (1997). Brasil Pós-1964 através de músicas: possibilidades de estudo. Ponencia presentada en el 19 Simpósio Nacional de História, Belo Horizonte, Brasil.

Fernandes, José Oriá (1989). Aprendendo história através da música. Ponencia presentada en el 15 Simpósio Nacional de História, Belém, Brasil.

Fiuza, A. F. (1999). Entre cantos e chibatas: a pobreza em rima rica na música de João Bosco e Aldir Blanc- uma experiência no ensino de história. Ponencia presentada en el 20 Simpósio Nacional de História, Florianópolis, Brasil.

Junior, C. L. y Teruya, T. K. (2008). O cinema, a resistência armada e a ditadura militar no ensino de história. Ponencia presentada en el 8 Encontro Nacional de Pesquisadores em Ensino de História, São Paulo, Brasil.

Matte, D. A. (2015). A ditadura militar brasileira no livro didático de história e o pensamento histórico dos estudantes. Ponencia presentada en el 9 Encontro Perspectivas do Ensino de História, Belo Horizonte, Brasil.

Nadai, E. (1988). O ensino de história na América Latina. Ponencia presentada en el 1 Encontro Perspectivas do Ensino de História, São Paulo, Brasil.

Oliveira, Á. I. De, Medina, M. De A. y Silva, T. F. (2013). Experiência de Estágio em Ensino de História: Os Direitos Humanos e o Debate em Torno da Comissão Nacional da Verdade. Ponencia presentada en el 24 Simpósio Nacional de História, Natal, Brasil.

Padrós, E. S. (1999). Anistia, anestesia, amnésia – tempo presente e memória histórica na América Latina. Ponencia presentada en el 20 Simpósio Nacional de História, Florianópolis, Brasil.

Ranzi, S. M. F. (2007). Cabra marcado para morrer: uma experiência com cinema na formação continuada de professores de História. Ponencia presentada en el 24 Simpósio Nacional de História, São Leopoldo, Brasil.

Silva, B. V. G. da (2015). Você prefere um governo ditatorial ou democrático? Possibilidades de discussão sobre a ditadura civil-militar brasileira em sala de aula a partir de uma pesquisa de opinião realizada pelos alunos. Ponencia presentada en el 25 Simpósio Nacional de História, Florianópolis, Brasil.

Silveira, D. R. (2015). História do Tempo presente e livro didático: os sujeitos da ditadura Militar nos livros didáticos de História. Ponencia presentada en el 25 Simpósio Nacional de História, Florianópolis, Brasil.

Souza, M. I. S. de (1999). Desencontros entre produção historiográfica e livro didático: implicações para o ensino fundamental. Ponencia presentada en el 3 Encontro Perspectivas do Ensino de História, São Paulo, Brasil.

Wagner, D. (1999). Memoria: mucho más que memorizar. Ponencia presentada en el 3 Encontro Perspectivas do Ensino de História, São Paulo, Brasil.

Velasco, D. B. (2015). As narrativas de História produzidas no ENEM: Quais são os sentidos de “verdade” mobilizados sobre a Ditadura Militar Brasileira? Ponencia presentada en el 25 Simpósio Nacional de História, Florianópolis, Brasil.

Velasco, D. B. (2018). Narrativas de história do Brasil no ENEM: disputas curriculares pela hegemonização do conhecimento escolar (tese de doutorado não publicada). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Descargas

Publicado

2021-10-01

Cómo citar

Kallás, A. L. . (2021). A abordagem da ditadura pós 1964 no Ensino de História (1985-2015): é possível pensar em uma pedagogia da memória no Brasil?. CLEPSIDRA. REVISTA INTERDISCIPLINARIA DE ESTUDIOS SOBRE MEMORIA, 8(16), 120–141. Recuperado a partir de https://ojs.ides.org.ar/index.php/Clepsidra/article/view/152

Número

Sección

Dossier Temático